domingo, 7 de fevereiro de 2016

O TUDO É TUDO E O NADA É NADA – PRIMEIRA PARTE


(RACIONAL SUPERIOR)

O mundo que todos estão aí vivendo sem saber por que nem para que, o mundo que todos ignoravam a sua origem, o porquê de sua formação, e por isso, ninguém sabia descrever o porquê do mundo, o porquê de tudo e o porquê de todos.
Vivendo aí no mundo, que ignorava o porquê da existência dele e ignoravam o porquê de suas existências, ou de sua existência.
Viviam aí, igualmente, como um barco sem rumo, perdido no alto do oceano, sem saberem a que rumo tomarem para que vivessem certo e tudo desse certo. Então, tinham que forçosamente, levar a vida deste jeito até o fim da existência.
E hoje felicíssimos, por saber o porquê de tudo isto, e o princípio de tudo isto, o fim de tudo isto. Até que enfim chegou o que muitos não esperavam. A definição do mundo e a definição do seu ser.
Todos queriam esta justificação, mas aí no encanto nunca puderam encontrar. Todos queriam, todos procuravam, meios e modos de acertar aí dentro desse desacerto mas nunca puderam acertar por tudo ser aparência só, está certo hoje e amanhã não está. Está certo hoje e amanhã se acaba. E acabou-se o certo.
Então, sempre todos à procura do certo e sempre por encontrar o certo. Então, aí o desespero de muitos, a agonia de muitos, vindo o desânimo, o descontentamento de viver uma vida só para sofrer.
Só para encontrar coisas desagradáveis pela frente, por que coisas agradáveis não passavam de aparências ou de momentos transitórios, então, diziam, “Esta é uma vida de tumultos e multiplicações dos mesmos, por isso tudo se modifica e se transforma.” Hoje, é pequeno, amanhã grande. E assim, uma vida irregular. Um desequilíbrio que ninguém sabia por quê. Mas tinham que levar a vida assim mesmo, por que não conheciam o certo.
E por não conhecerem o certo tinham que desacertar sempre. Tinham que viver procurando o certo, sempre. Por isso hoje está certo assim, já amanhã não está. Hoje está bom assim, já amanhã não está. Hoje está perfeito, amanhã não está, porque tudo se modificando sempre, tudo se transformando sempre, tudo degenerando sempre, e tudo se acabando sempre. Se fosse certo, tudo seria eterno.
E assim, essas aparências todas, embromou todos de uma tal maneira que acabaram ficando cegos com a matéria, que botou todos compreendidos hoje, descompreendidos amanhã. Hoje estão se entendendo, amanhã desentendidos, vivendo uma vida falsa e de falsas realidades. Por isso tudo se acaba e tudo se destrói por si mesmo. E não compreendiam o porquê que a vida era assim. Sempre foi assim. Por desconhecerem o verdadeiro certo, por desconhecerem o verdadeiro natural, por desconhecerem a verdadeira origem. Considerando a vida um pedaço do nada que acaba em nada. Um tudo que se desfaz em nada, que por si mesmo se destrói.
Um tudo de quem vegeta e não sabe por que vegeta. E um tudo que é de matéria é de lama e não sabiam o porquê é de matéria. E não sabem o porquê é de lama. E assim, vivendo confusamente, contra si mesmo, e dizendo que a vida é ingrata.
“A vida nos traz tanta desilusão que acabamos sempre desiludidos até de viver por conhecer a nulidade deste tudo subserviente esse tudo que serve, mas não serve.”
“Esse tudo que é bom, mas não é bom. Este tudo de ilusão de todas as formas de todos os feitios e de todas as maneiras e de todos os jeitos.”
Então, a vida foi considerada como um pedaço do nada que ignoravam até hoje porque o nada e o porquê da vida e hoje todos sabendo e conhecendo o porquê do mundo ser assim, o porquê de todos serem assim, o porquê que nasceram dessa bicheira, o porquê desta bicheira que este encanto nunca ninguém pôde descobrir, o porquê que eram bichos, o porquê que este mundo se transformou em bicheira, bicho de todas as espécies de todas as maneiras de todos os jeitos e de todas as formas.
O porquê ninguém nunca soube nem podia saber dar uma explicação definida do porquê disto, do porquê desta natureza assim, do porque todos serem assim, viverem aí desta maneira horrivelmente, como animais Racionais, como bichos racionais, vivendo desta maneira, vivendo desconhecidos completamente, do seu ser, desconhecidos do por que aí estão vivendo neste mundo, desconhecidos do porquê deste mundo, enfim uma vida de perdidos, perdidos por não darem definição do seu ser, não darem definição do mundo aí perdidos. Falando que nem papagaios, enfim uma vida que a pessoa tinha de certas horas ficar mesmo desanimado de viver por não saber o porquê está aí vivendo e nem para que está aí vivendo. Nem porque veio parar aqui.
Todos ignorando a origem do seu ser, todos ignorando a origem do mundo. Todos ignorando a origem de todos os feitos que existe no mundo.
Enfim, todos vivendo neste desespero porque quem vive perdido num lugar que não conhece não sabe o porquê está perdido, tem que viver agonizando, tem que viver em desespero, tem que viver sofrendo, por não saber o porquê está aí nestas condições.
Todos sofrendo deste jeito, sem saber por quê. Vivendo agonizando a vida toda, por desconhecer a sua verdadeira origem, por desconhecer o seu verdadeiro natural, e achando muitas vezes que este natural não podia ser o verdadeiro natural.
Natural que ninguém podia se conformar com ele, natural de sofrimento, então, via logo que isto estava irregular, não podia ser, por ninguém se conformar com este natural, por ninguém se conformar com o sofrimento, nem se conformar com a morte.
Daí os tormentos da vida de todos. Uns desesperando. Um desânimo sobre todos, pairando sobre todos, quando a pessoa começa a pensar o que a vida é.
Vivendo todos nervosos, todos desequilibrados, mal humorados, geniosos, uma espécie de que estão vivendo empurrados, vivendo porque tem vida, se aborrecendo por tudo, se contrariando por tudo, sentindo uma coisa, aparentando outra, enfim uma vida de sonhos, traídos pelas ilusões, procurando se distrair, para esquecer um pouco da luta da vida.
E assim, vivendo embrulhados neste monturo de lama que é a matéria, e dizendo, “Lutas perdidas, sacrifícios em vão.”
“Vamos todos daqui a um bocadinho para debaixo do chão. O que adianta tanta guerra, tanta luta? Para nada, se tudo se acaba. Endireitar o quê? Resolver o quê? Só sofrimento é o que se vê.” Uma vida de longos enfeites, que se julgam o que não são, por viver iludidos por ela.
Mais um pouquinho desiludido, e acabou-se a vida. O que adiantou tanto sacrifício, tanta luta, para acabar em nada? Morre, fica tudo aí, guerreiros vencidos pelo sofrimento e pela morte. Vão lutar desta maneira, sacrifícios perdidos, sem recompensa alguma, porque aqui não temos nada.
Nem a própria vida é nossa! Nós não temos nada, porque vamos lutar pelo nada? Porque vamos lutar por aquilo que não é nosso? Aqui não temos nada, nem a vida é nossa.

(Esta mensagem continua na segunda parte)

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