sexta-feira, 31 de maio de 2013

O TEMPO

(Danusa Paulino Souto)
“A descrição do Universo da ciência moderna da teoria de Einstein, em termos de linguagem comum é inexequível.
Este Universo difere inteiramente da imagem fornecida pela observação direta. É uma variedade quadridimensional em que o tempo se acha vinculado ao espaço; variedade curva, cuja curvatura assinala a presença da matéria gravitacional.
É finito, se bem ilimitado. O tempo é dotado de curvatura.” (Volume Amarelão de Universo em Desencanto)
“Tudo é preciso tempo para aprender, para saber e sentir. E com o tempo todos ficarão senhores integralmente do conhecimento Racional. Mas, precisando o tempo necessário, o tempo para aprenderem, o tempo para saberem, para compreenderem, o tempo para sentirem, o tempo para ficarem senhores do conhecimento Racional e o tempo para viverem Racionalmente. E assim tudo é com o tempo.” (11º volume da Obra de Universo em Desencanto)
“As eternidades não tem tempo, e por isso, é eternidade, não há limites de contagem aquilo que é eterno, e de forma, o que é eterno, não existe matemática porque é eterno.
E de forma que uma eternidade não há contagem em alfabeto algum.
Contagem foi feita entre os animais. Contagem foi feita na deformação.
Os animais é que criaram dias, nome de dias, matemática, contagem, por serem uma centelha de pouca duração que apaga e acende.” (15º volume da Réplica de Universo em Desencanto)
O tempo é uma coisa subjetiva do animal racional, é uma ilusão da nossa mente como dizia Kurt Gödel. O homem inventou o relógio para frear o tempo, mas o tempo não tá nem aí para o relógio.
Com Einstein soubemos que há uma íntima ligação entre tempo e espaço. O conceito de simultaneidade (duas coisas acontecendo ao mesmo tempo) depende do estado do observador. Afinal, o que para uma pessoa acontece simultaneamente, para outros pode ocorrer em tempos diferentes. Nada que tenha uma relação de causa e efeito pode ter a ordem invertida.
O animal racional percebe o tempo como uma coisa fluida, uma sucessão de evento causa-efeito. Kant dizia que a propriedade mais fascinante do tempo é que ele flui, é algo dinâmico. O tempo nada mais é que a forma do sentido interno, da contemplação do nosso próprio ser. É o tempo subjetivo. O tempo que chamamos de objetivo seriam os aparelhos que inventamos para medi-los, como o relógio.
O tempo não está nem aí para o relógio, ele segue o seu curso natural. Tudo o que fazemos é com o tempo. Nascemos e morremos com o tempo. O tempo não passa. Nós é que passamos através do tempo. O tempo não muda, nós é que mudamos com o tempo. Ele nos acompanha, mas não interfere em nossas vidas.
Vamos então aproveitar este tempo subjetivo transformando-o num tempo mais objetivo, aproveitando mais o que pudermos para desenvolvermos o Raciocínio.

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