terça-feira, 13 de setembro de 2011

A CONVIVÊNCIA COM O TERROR



(Fernando Luchetti Simão)

Filipinas, Haiti, Coréia, Japão (Hiroshima e Nagasaki), Vietnã, Granada, Líbia, Panamá, Somália, Iraque, Afeganistão entre outros. O que estes Países têm em comum?

Foram alvos dos EUA (sem mencionar as guerras mundiais), com milhões de vitimas inocentes entre mortos e feridos, inúmeros prédios e monumentos históricos destruídos, economias arrasadas e tudo isso sem que os americanos sentissem as perdas e as dores alheias, tudo em nome da “paz” utilizando o “mal necessário”.

Hoje (11/09/2011) prestam uma homenagem aos quase 3.000 mortos dos ataques terroristas há 10 anos, quando as torres do WTC desabaram, sentindo pela “primeira vez” a perda e a dor de um país “guerreiro”.

Este é um marco para a mudança de rumo mundial, alguns melhores e outros piores (o mal necessário).

A “resposta” ao terror foram as guerras geradoras de enormes gastos que aprofundaram os países em crise financeira (globalização), quando “todos” tem que pagar esta conta.

Com o discurso “em nome da paz” fez-se presente a “lei do mais forte” ou a “lei do bicho” e com isso os paradigmas vão sendo desfeitos, as máscaras vão caindo e a sujeira aparecendo para que se possa ser mostrada e varrida, e possamos viver num mundo mais limpo, mas este processo todo é necessário para deixar a casa limpa.

Existem outros terrorismos pelo mundo causado pelo “capitalismo” ganancioso e uma delas é a fome, principalmente em países da África. Veja alguns números: Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo - 11 mil crianças morrem de fome a cada dia, um terço das crianças dos países em desenvolvimento apresenta atraso no crescimento físico e intelectual - 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõem de água potável - 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são anêmicas e encontram-se abaixo do peso - uma pessoa a cada sete padece de fome no mundo. Não há excesso de gente, não falta área para plantio, não falta dinheiro, o que falta é “humanidade”...

Tudo nesta vida tem dois lados, um bom (aparentemente) e outro negativo (aparentemente), mas todos concorrendo para o mesmo caminho determinado por um comando superior a tudo e a todos e este é um compromisso dos “pseudos” donos com o verdadeiro.

As atribulações são necessárias, sendo que estas são as que lapidam, as que tiram as impurezas sobre tudo e sobre todos, para o encontro com o real, com a verdade, com a pureza, a perfeição e a limpeza.

O mal por si próprio se destrói, a violência gera violência, o pensamento deteriorado nada consegue acertar, são desacertos em cima de desacertos que causam os desequilíbrios, a intolerância e a liquidação moral, física e financeira.

Todos são diferentes, cada qual com os seus costumes, idéias, gostos, vontades, características, educação, cultura, vícios e formando assim os seus pontos de vistas, que nada mais são que suas “verdades”. Ocorre que na “essência” todos são iguais e somente esta “essência” que é comum a todos é capaz de equilibrar e unir a todos.

Aceitar os diferentes e as diferenças e respeitá-las é aceitar a si próprio e aceitar a “essência”. A intolerância é do rude, do atrasado e do ignorante. Ninguém precisa concordar com o outro ou ter que ser como outro para que seja aceito, as diferenças é que dão o colorido da vida, é o que dá o tempero e que lapida uns aos outros, o que nos mostra os diversos pontos de vista de uma mesma coisa, nos abre o horizonte e nos evolui, sendo estas certas ou não.

A “essência” nada tem a ver com a crença, sexo, situação econômica, raça, educação ou opção sexual, ela é o que é e acabou, e quando todos se ligarem nela seremos apenas UM.

A “Essência” é racional e todo o restante é animal, assim sendo, somos denominados animais racionais, por isso, o verdadeiro racional não é contra nada e nem contra ninguém, mas é consciente da verdade e solidário.

Quando houver esta consciência (verdadeira e positiva) acabar-se-ão todos os males da humanidade havendo a concórdia, a paz, a tolerância, o amor, a união e a fraternidade tão desejada e inatingível até o momento.

E viva a diferença!!!



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