(RACIONAL SUPERIOR)
Então, a vida se tornava um verdadeiro pesadelo e a insatisfação era reinante, a agonia a todo instante e ainda mais dizendo:
“Eu vivo agoniado, porque não sei quem sou, nem porque eu assim sou, nem de onde vim, nem para onde vou.”
Dessa forma, agonizavam todos:
“Quem sou?”
Ninguém sabia responder.
“Por que que eu assim sou?”
Ninguém sabia responder.
“De onde vim?”
Ninguém sabia responder.
“Para onde vou?”
Ninguém sabia responder.
E a agonia irredutível dentro de todos, sonhadores, sonhando a vida inteira com uma vida que não é sua e não é de ninguém, num mundo que não é seu e não é de ninguém e por isso, todos são passageiros e por isso, tudo passa, todos passam, todos passaram por este sonho tão medíocre, por todos acabarem em ruínas, por a vida ser tão curta; além de curta, sem garantias.
E assim, levavam essa vida, enfrentando os maiores sacrifícios, lutando para a sobrevivência a vida inteira e enfrentando os horrores da vida da matéria.
Nesse ponto negativo, por tudo ser aparência e todos sob o domínio das aparências, sofrendo e penando, por aparências não serem verdades.
E dessa forma, parecia que a vida da matéria valia tudo e no ver das coisas o valor não é nenhum, tudo somente aparência e nada mais.
E assim, a vida se constituiu desse nada, que é o sêmen e ninguém nunca soube o porquê desse nada.
Ninguém nunca soube a causa e a origem desse nada.
Estavam aí, todos vivendo, sem saber porque tinham vida, por não saber a origem desse nada.
E por isso, nada de real sabiam da origem de seu ser.
E assim todos caminhavam, vagando pela vida afora, por não saber o porquê da existência da forma que estão.
Desta maneira, confundiram tudo de maneira tal, por não saber a causa e a origem desse nada.
Confundiram-se de uma maneira tal que julgavam que a vida fosse essa mesma e sem saber o porquê dela.
Porque ninguém nunca soube a origem do sêmen.
Da semente geradora e criadora, que tem o seu desenvolvimento e seu crescimento até onde a natureza determinou.
Então, viviam sem saber porque viviam.
E se confundiram com as aparências e julgavam e pensavam que a vida verdadeira fosse essa e vendo na mesma hora que não podia ser essa vida, por tudo ser contra a vida, até a própria natureza sendo contra a vida de todos, por a vida não ser esta.
E por ser contra a vida de todos, calor de matar, frio de matar, secas de matar, epidemias, doenças, raios, terremotos, tufão, furacão, ciclones, tempestades, enchentes, aludes; uma infinidade de maus-tratos contra os seres, por os seres não serem daí; e por não serem daí, vivem com sacrifícios imensos e procurando se defender de todos os males da natureza, que são atacados.
E dessa forma, com esta vida provisória, lutando sempre para viver, enfrentando todos os obstáculos, enfim, a vida se tornou tortuosa.
Tudo porque não são seres naturais desse mundo de matéria.
Se fossem seres naturais daí, seriam eternos e não viveriam remediando a vida inteira para poder viver.
Uma infinidade de doenças, curáveis e incuráveis.
Tudo isto, a natureza desfavorecendo todos, por todos não serem daí.
De formas, não há quem não já percebesse isso.
Porque daí não são e sim do MUNDO RACIONAL.
Lá sim, são puros, limpos e perfeitos e são eternos.
De forma, todos lutando por esse nada, a troco de nada, por tudo acabar em nada.
Começaram do sêmen, que é uma miniatura do nada e acabam em nada, por daí não serem.
E por daí não serem, lutam a vida inteira e a recompensa é o extermínio de si mesmo.
(Continua na próxima postagem)
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