(Mary Sana, estudante de Cultura Racional, Belo Horizonte – MG, palestra proferida na 4ª Web Conferência de Cultura Racional, em 21/11/2015)
Que o mundo mudou, que o avanço tecnológico alcançou um pilar altíssimo de desenvolvimento, não constitui novidade para ninguém.
É que na mesma proporção que os inventos (aqueles que facilitam a vida das pessoas) foram surgindo, o acesso a eles foi ficando difícil, porque o poder econômico de todos, universalmente falando, caiu, diminuiu.
Resumindo: o mercado oferece, mas, a aquisição de bens materiais de alta tecnologia é pra poucos.
O homem gradativamente foi ficando refém do desenvolvimento criado por ele próprio, refém das suas próprias invenções. Foi ficando menor, desvalorizado diante dos bens materiais. Até a vida humana, o que também não é novidade pra ninguém, foi simultaneamente, perdendo o valor.
A educação é a ponte que transporta, coloca o indivíduo, como alguém que faça a diferença na sociedade, tanto no convívio, nas relações humanas saudáveis, como também na vida profissional, dando-lhe prontidão para atuar positivamente, com seriedade e competência.
Um profissional bem preparado, bem qualificado, ajuda, faz fluir bem todos os setores da sociedade, da qual faz parte.
Um bom médico, um bom advogado, um bom dentista, um bom engenheiro, um bom economista e até um profissional mais simples ou visto como tal: um motorista, um mecânico, uma vendedora de loja; se bem formados pela escola, fazem a diferença, acrescentam positivamente, tanto na postura de cidadão civilizado, bem educado, participativo, consciente na melhoria do meio social onde está inserido, como também no exercício de sua função profissional.
E bem na contramão, temos uma escola impotente, incapaz de oferecer ao seu aluno condições adequadas, para que adquira uma visão transformadora, com a devida capacidade de fazer funcionar, depois de preparado por ela, pela escola, os vários setores da sociedade, com a devida competência.
O SABER QUANDO SOMA, QUANDO ACRESCENTA, ACALMA AS PESSOAS, TORNA A CONVIVÊNCIA SOCIAL PACÍFICA, ENSINA NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, NO SENTIDO DE PRESERVAR A VIDA.
É INADMISSÍVEL EDUCAR SEM A CONSCIÊNCIA, PARA DAR PRIORIDADE À SAÚDE, À PRESERVAÇÃO DA PRÓPRIA ESPÉCIE, COMO TAMBÉM DE TODAS AS ESPÉCIES INTERDEPENDENTES NO MEIO NATURAL.
É GROTESCO ADQUIRIR CONHECIMENTO SEM CONSCIÊNCIA DA PRESERVAÇÃO DA VIDA E DO PLANETA COMO UM TODO.
Quem trabalha com a educação ou em educação tem essa percepção, pois, essa é a visão didática do educador. Daí, se inquieta na busca de soluções e pergunta:
“Que tipo de projeto ou programa de ensino poderíamos criar para mudar essa realidade, esse quadro?”
Eu me perguntei várias vezes ao longo da carreira como professora. E ainda bem que, que logo no início dela fui recomendada, convidada à leitura dos livros Universo em Desencanto, de Cultura Racional.
Que alento!
E é como afirmei anteriormente: o saber acalma.
E com o estudo contínuo, gradativo, persistente, poderemos constatar que projetos e programas de ensino capacitados e até avançadíssimos existem e faz tempo.
O que faltava e está ainda em falta nas escolas é o caminho, a maneira de como fazê-los funcionar.
E aí é fácil concluir que a cabeça, a mente, é que precisa se renovar, trabalhar de maneira sadia, adequada ao tempo em que vivemos, porque estamos no TERCEIRO MILÊNIO e ainda insistindo nos parâmetros do segundo.
O pensamento, mentor do SEGUNDO MILÊNIO, que nos preparou tão bem para emplacarmos nos avanços atuais, já não nos oferece mais condições de melhorias – e quanto esforço todos têm feito para a sobrevivência pensante!
Tudo em vão, pois, o pensamento já cumpriu a sua função de nos aprontar para a atual fase, a fase do desenvolvimento da TERCEIRA MÁQUINA do nosso cérebro, a máquina do RACIOCÍNIO, materializado no istmo do mesencéfalo, a GLÂNDULA PINEAL ou EPÍFISE.
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