sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

2012 – O ANO DA REVERSÃO


(Prof. Porfirio J. Neves)
Um machado lapida muita gente, dois machados lapidam muito mais.
Se olharmos o desenho do número “7” veremos logo a silhueta de um machado e isso pode ser utilizado para analisar mais ou menos a atual situação mundial que estamos assistindo e, naturalmente, da qual todos estão fazendo parte. Tudo está sendo derrubado.
A situação mundial a que me refiro é o atual quadro de mudanças aceleradas na economia, na política, notadamente dos povos do oriente: os muçulmanos, os budistas e os hindus; também tem a derrocada do imperialismo americano e porque não referir também ao modo como nossas crianças utilizam o espaço escolar? Tudo está em verdadeira decadência. Todos esses transes da vida humana estão em derrocada. Tudo está em mudança acelerada. Como hoje podemos compreender: o que serviu para a fase de pensamento humano não serve para a fase do raciocínio humano.
Assim, um machado corta muito, mas dois machados cortam muito mais. Você há de se perguntar: -“o que eu tenho a ver com o que está acontecendo lá no oriente? Eu sou cristão, não sou muçulmano. Eles que se ajeitem”. Tudo tem a ver com tudo e todos têm a ver com todos, para início de conversa, tudo está inter-relacionado.
Uma rápida ilustração. O trem em que você viaja atrasou por causa de uma dor de barriga que deu no maquinista, porque ele comeu uma folha de alface mal lavada no restaurante onde você trabalha e que foi você, distraidamente, quem não lavou direito aquele pé de alface.

Isto é uma inter-relação de eventos simples para provar que tudo que fazemos ou deixamos de fazer afeta a nós mesmos, em maior ou menor intensidade.
Portanto, o fato dos povos muçulmanos não aceitarem mais certas dominações, isso vai afetar até mesmo a qualidade do nosso café da manhã e de nossos filhos.
Temos certeza que é a Natureza a força poderosa que controla todas estas relações entre todos os seres e que assim governa tudo e todos, pois é sempre o fator natural que é a causa disto ou daquilo. O que nós precisamos mesmo é conhecer a Natureza, para compreender o que é e como é o fator natural.
Quem é a Natureza? Será que podemos conversar com a Natureza? Eis a grande questão a ser compreendida! Não falo apenas da Natureza do ponto de vista físico, ou ponto de vista animal. Não falo apenas da Natureza do ponto de vista anímico, daquilo que está animado. Falo da Natureza como um todo universal, porque não há efeito sem causa. Se Ela nos fez, certamente nos preparou ou está preparando para conversar com Ela.
Compreendam bem: se existe alguma coisa animada, existe a força que anima esta coisa. E assim podemos considerar tudo que existe neste mundo animal. Tudo e todos são animados. E a Natureza é justamente a força que anima tudo e todos e é dona de todas as inter-relações de causa e efeito.
Quando começamos a compreender que tudo progride e tudo evolui pelo fator natural e, que hoje, a fase natural da Natureza é a Fase Racional, aí começamos a compreender quem é a Natureza pelo desenvolvimento do Raciocínio que Ela vai promovendo em nós mesmos. O Raciocínio é o feito da Natureza para esta finalidade de fazer compreender ela mesma.
Entretanto, enquanto pensamos e especulamos apenas sobre a Natureza, sem sequer buscar compreender quem ou como é a Natureza, aí vem a derrubada. Decifra-me ou te devoro! Esta era a mensagem da Esfinge. Esfinge, para quem ainda não sabe, é uma imensa construção de uma cabeça humana no corpo de um leão; ou será a estátua de um leão com cabeça humana? Decifra-me ou te devoro!

Este é o testamento da Esfinge que está ali mesmo às margens do rio Nilo na cidade do Cairo, no Egito, desafiando os tempos e testemunhando o que foi o primórdio da fase de Animal Racional. Por isso é uma cabeça de homem em um corpo de leão. A esfinge é um Animal Racional.
Um machado derruba muita gente, dois machados derrubam muito mais. Logo, um Animal Racional somente vai deixar de ser animal quando compreender quem é a Natureza, quando aprender a decifrar a Natureza, quando aprender a se ligar à Natureza. E aí está a derrubada de tudo que foi feito na fase do pensamento, lapidando tudo e todos até alcançarmos a perfeita compreensão de nossa verdadeira mãe Natureza.
E como vamos deixar de ser animal? Pelo que vemos no mundo, na nossa política, nas nossas vidas mesmo, tudo é animalesco, tudo é um verdadeiro terrorismo, tudo está cada vez mais em conflitos crescentes; a incompreensão e a intolerância crescem; ninguém entende ninguém, todos querem estar acima de todos e por cima de todos; ninguém quer perder para ninguém.
Isso, na vida do animal que vive animado, do que é animado pela Natureza, ainda. Essa é a fase de lapidação, é a fase da derrubada. E aí está, 2012 o ano da reversão, o ano dos dois machados num pau só, para ver quem se define a voltar ao estado natural. Esta é a reversão, é o retorno.

Quem é que nunca ouviu ou leu algo sobre a previsão dos Maias para o final de 2012? Até mesmo existem especulações, com base científica, sobre fortes alterações no Globo Terrestre, como está sendo anunciado: mudanças do campo magnético da Terra e perturbações dos campos de energia que produzem a chamada ressonância Schumann. E toda uma série de eventos que sinalizam para o ano de 2012 como sendo um ano de fortes mudanças; cada qual vai falando do assunto dentro de suas compreensões.
Na Cultura Racional temos um fato muito claro e objetivo que serve para qualificar, com muita propriedade, tudo isto que está acontecendo. É apenas uma qualificação temporal.
A Cultura Racional começou em 1935 com a grande pergunta: -“Quem és tu, que a ilusão é tanta incapaz de definir o teu eu”?
O “quem és tu” não tem nada de diferente da mensagem da Esfinge: “decifra-me ou te devoro”, nem tampouco da afirmativa bíblica: “tu és pó e ao pó tornarás”. Não tem nada de diferente no aspecto de seu significado quanto ao questionamento. O “quem és tu” na fase do Terceiro Milênio tem um significado que antes não podia ter: é exatamente a fase da decisão, da definição: ou vai ou racha.
Se não vai, racha: e aí tem dois machados para rachar. Essa é a Natureza que precisamos prestar bem mais atenção no nosso dia a dia. Precisamos conhecer a Natureza por nós mesmos, não precisa ir a lugar algum; basta ler o livro Universo em Desencanto.
No início da Fase Racional vem a pergunta: “Quem és tu que a ilusão é tanta, incapaz de definir o teu eu”?
E vem a resposta: -“Sabei vós, que sois uns corpos imprudentes no abismo de dia para dia ambicionando tudo quanto é de material, por grande obscuridade do ESPÍRITO. Quem conhece o seu eu, basta o nome para repugnar-se. Então, para que lutas toda a vida? Debalde serão todos os sacrifícios nestas condições. Enquanto arder a chaga das trevas, o RACIOCÍNIO encontra dificuldade para libertar-se durante este livre arbítrio, que dá expansão a todas as vontades pela facilidade e liberdade que Deus vos dá, perdura a confusão, extravia-vos do direito e adquire todos os defeitos trucidantes – capaz por vossas mãos próprias sucumbirem antes do dia. Já é tempo de relembrar-vos que os vossos dias são contados. E não mudas de pensar? Ora, és um criminoso sem perdão”!
E assim foi dado início à Fase Racional da Natureza para complementar de forma espetacular, pelos meios culturais, tudo que a Natureza veio relacionando ou inter-relacionando na fase do Animal Racional, a fase do pensamento humano.
Na fase do pensamento, do animal Racional, havia o grande símbolo que era a Esfinge, testemunhando e desafiando o avanço da evolução humana pelos enigmas filosóficos, pelos mistérios religiosos e pelos fenômenos científicos.
Na fase Racional, que começa em 1935, vem a resposta definitiva para cada um compreender, pelo desenvolvimento daquilo que a Natureza fez de mais precioso em nós mesmos que é o Raciocínio. Chega então a resposta para decifrarmos todos estes enigmas, desvendarmos todos estes mistérios e revelarmos toda a verdade destes fenômenos. Chega a resposta que extermina de vez com toda a forma de atraso, com toda a forma de brutalidade animalesca, com toda a forma de preconceitos.
Eis a verdade que liberta: está em nós mesmos, o Raciocínio, pelo seu desenvolvimento.
Se assim caracterizamos a Fase Racional, como tendo início em 1935 e ainda consideramos uma informação de natureza astrológica que de sete em sete anos o Planeta Marte intensifica a sua ação destruidora sobre a Terra, então é só fazer as contas e constatar que estamos vivendo o ano 77 do “quem és tu”. Estamos vivendo o ano “77” da Fase Racional: 04 de outubro de 1935 até 03 de outubro de 2012, completa 77 anos, ou 11 períodos de 7 anos. Se quiserem, 30 de dezembro de 1935 até 29 de dezembro de 2012. Logo, a reversão, em nível astrológico prevista para dezembro de 2012 faz muito sentido com estas datas da Cultura Racional.
Todas as comprovações estão aí diante de nossos olhos. Só precisávamos saber disto: de sete em sete, o arrocho sobre a vida da matéria se intensifica e a vida da matéria tende à nulidade. Tudo tornará ao pó, pois tu és pó e ao pó tornarás. 11 períodos de 7 anos, e a Esfinge já nos revelou que 11 representa a derrubada de duas torres, em 11 de setembro de 2001.
A definição, então, é de caráter cultural; não mais religioso, nem filosófico, nem científico. A definição do “teu eu” é cultural, para saber “quem és tu”! Esta é a definição Racional.
E estamos vivendo o ano 77 da Fase Racional. Um machado devora muito, mas dois machados devoram muito mais. Acabou a Fase de Animal, acabou a fase do pensamento, acabou a fase da vida da matéria. Agora, é tratar de se ligar em cima; é tratar de se ligar à Natureza que nos fez.
A fase Racional é a fase da definição e este ano 77, conforme tudo indica e aponta, tem um grande significado e uma boa oportunidade para se refletir sobre o assunto, se der tempo.
-“Os teus dias estão contados e não mudas de pensar? És um criminoso sem perdão”!
Todos no mundo são criminosos, nem precisamos explicar isto agora, e por isso precisamos reverter o nosso modo de pensar, para ver se alcançamos o raciocinar.
Qual foi o crime? Pelo que sabemos, o crime foi praticado contra a Natureza, foi o abuso da liberdade que Deus deu a todos. Não foi “pecado original”, não! Foi crime! Tem perdão? Não, não tem perdão, por isso somos criminosos sem perdão! Não existe perdão, mas existe retratação!
Ainda bem. Não há perdão, mas há retratação. Então, cada qual, se assim posso me referir, deverá procurar se retratar com sua própria natureza para saber o que deve e o que não deve ser feito. Tudo isto é de uma extrema importância, de uma importância tão grande que todos já deveríamos estar muito mais ligados à nossa verdadeira Natureza, que pode nos amparar e que pode nos perdoar os crimes contra Ela, contra nós mesmos. Como fazer?
Isto não é mais pensamento. Isto só pode ser alcançado pelo desenvolvimento cultural do Raciocínio. Eis a importância da leitura assídua do livro Universo em Desencanto onde está a revelação do “quem és tu”, complementando todo o desenvolvimento humano feito na fase do pensamento e que está sendo derrubado por dois machados. E vamos reverter este quadro, racionalmente.

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