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terça-feira, 27 de novembro de 2012
RELATOS SOBRE OS PODERES DO MESTRE MANOEL JACINTHO COELHO – FILIAL DO MUNDO RACIONAL
(Ubirajara Pisão)
Os Conhecimentos Racionais são de uma elevação tão inusitada para a humanidade e de uma dimensão de verdadeira supremacia da pureza, limpeza e perfeição, que a mente primária humana sente dificuldades para alcançá-la, apesar de a essa dimensão pertencermos.
Dificuldade essa causada pela deformação que nós mesmos provocamos há milhões de milênios (21 eternidades), a uma parte do mundo eterno de onde somos originários: o MUNDO RACIONAL. Ficamos envolvidos pela deformação, ficando, pois, fora do nosso estado natural. E essa deformação nos impede o contato com o mundo da razão da vida, por tornar também deformada nossa visão da vida.
E, assim, aos primeiros contatos com a cultura verdadeira nossa, que já tivemos na origem e ora se acha completamente esquecida, devido à deformação, estranhamos, achando muitas vezes confuso o que lemos, difícil e até impossível de se alcançar tudo que nos é dito de grandioso, solucionador e fantástico.
Calculem então a estranheza dos primitivos leitores de Universo em Desencanto, sem referência alguma de outros leitores (que não existiam) e tendo que colaborar voluntariamente para construção das obras que constituiriam o que hoje é o Retiro Racional.
E para que esses primitivos leitores não desistissem de sua missão junto ao Mestre Manoel Jacintho Coelho, Pai Manoel, como carinhosamente o chamamos, utilizava de seus poderes para dar a todos as provas precisas e necessárias para que continuassem firmes em sua missão.
E aqui vai um belíssimo relato do nosso Irmão Racional Ubirajara Pisão, relativamente às obras do Centro Científico de Cultura Racional, o Monumento Racional (foto acima), provando que o Retiro Racional é o símbolo do MUNDO RACIONAL na Terra.
Na construção do Centro Cientifico de Cultura Racional (Monumento Racional) que está ao lado da piscina do Retiro Racional, aconteceram coisas fantásticas, de uma grandeza desconhecida pela humanidade. Como muitos estudantes de Cultura Racional já sabem, naquela obra existia hora de pegar no serviço e não havia hora de terminar. E isso, eu confesso, me incomodava um pouco, pois, o corpo físico tem suas limitações.
No início das obras do Monumento eu morava fora e trabalhava de segunda a sábado em uma rede de supermercados (sábado até as 12h), tirava plantão no Retiro Racional à noite, às sextas-feiras. Voltava no sábado à tarde e ficava até domingo nas obras do Monumento Racional. E na segunda-feira já saía de lá pela manhã direto para o trabalho no supermercado.
Num desses dias de colaboração, era de madrugada, o céu estava radiante, as estrelas pareciam se mover com o semblante do Mestre Manoel sentado à frente da piscina, orientando o serviço.
Fazia um pouco de frio e as pás e enxadas nos aqueciam com o movimento do concreto fresco que parecia não ter fim. As máquinas eram literalmente as humanas com as ferramentas manuais que não paravam.
Ao longe, para quem avistava, devido o grande número de colaboradores, poderia facilmente confundir com um formigueiro.
Eu estava posicionado juntamente com muitos na frente do Monumento, já bem adiantado em suas obras. Eu estava colaborando na construção da calçada que dá para a entrada principal do Monumento.
Existia um mingau de fubá bem temperado com canela, erva doce, cravo, etc. com um café forte que o Mestre nos servia, pessoalmente, pela madrugada: aquela era a nossa hora de recreio e um pouco de descanso. Às vezes voltávamos para as obras e outras vezes éramos liberados pelo Mestre Manoel.
O mingau, nós o apelidamos carinhosamente de “magau”, devido ao sotaque do encarregado da obra.
Houve uma breve pausa no concreto (coisa rara), encostei a enxada no peito, sentei nos sacos de cimento, olhei para a fisionomia dos irmãos colaboradores, as pás e enxadas se calaram, um breve silêncio naquele local que se contrastava com o interior do Monumento, que parecia uma orquestra infinitamente bela, aonde seus acordes se harmonizavam com toda a madrugada.
Eu estava muito cansado fisicamente, assim como os outros colaboradores. Eu só pensava em duas coisas: no “magau” e em parar um pouco com a Cultura Racional, estava literalmente abatido e o meu corpo físico se movimentava com um esforço quase que sobrenatural, achava que não ia agüentar, pensava em voltar para a Cultura Racional quando ficasse mais velho, assim teria mais amadurecimento para entender tudo aquilo.
Os outros ali a mim parecia que pensavam a mesma coisa: de como suportar tamanha missão para a nossa salvação.
O cheiro de erva doce com canela pairava no ar, estava chegando a hora do “néctar dos deuses”. O perfume doce do “magau” aliviava a minha dor e a dos demais colaboradores de pensar que não conseguiríamos chegar até ao final de nossa missão.
Nossos corpos ainda muito cansados, as enxadas paradas, olhávamos uns para os outros. De repente olhamos todos juntos para o céu, acima do Monumento Racional, quando, literalmente, o céu se rasgou (não confunda com vidência), foi como se alguém o cortasse com uma espada!
Ficamos espantados, sem dizer uma palavra! Lá de dentro do enorme rasgo, um outro mundo, de uma beleza que não se tem nenhum adjetivo ou qualquer palavra que se possa mencionar!
Pode-se dizer que era muito grande, com muitos brilhos, incomparavelmente mais bonitos do que os das estrelas que conhecemos!
E de lá saiu um corpo grande e brilhante prateado que desceu até próximo ao telhado do Monumento e depois voltou para o mesmo lugar!
Quando aquele belo corpo de energia voltou, aquele rasgo enorme no céu se fechou, as estrelas voltaram à sua posição normal no céu e nossos ânimos se fortificaram nos dando firmeza para continuar com as colaborações e estudos racionais.
Olhamos uns para os outros, dezenas de nós: ninguém deu uma palavra, nenhum comentário! Nossos semblantes de cansados e abatidos que estavam, agora eram só sorrisos, só satisfação!
As pás e enxadas agora não mais faziam barulhos, elas cantavam e dançavam juntamente com nossos corpos fortificados pela comprovação de ter a honra de participar de uma construção do Mundo Racional na Terra e, principalmente, a honra de continuar obedecendo ao grande Mestre sem pestanejar.
Uma saudação Racional a todos!
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