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sábado, 23 de junho de 2012
TINHA UM GLOBO NO MEIO DO CAMINHO
(Porfirio J. Neves)
O Livro Universo em Desencanto foi feito na forma em que os inconfundíveis se confundem com muita facilidade.
Os inconfundíveis são todos aqueles que têm certeza das coisas. Têm tanta certeza do que sabem que não percebem como é grande a confusão provocada pela emissão de seus pareceres.
Assim são os nossos formadores de opinião, quer no aspecto científico - religioso quer no aspecto político, social e econômico. Formador de opinião é um perigo!
Ao elaborar este assunto, não deixei, é claro, de perceber meu próprio contexto para não emitir certezas inconfundíveis, embora esta minha certeza possa já ser um indicador da minha própria confusão. Por esse motivo, o título – tinha um globo no meio do caminho.
Bem, vamos lá! Quem não arrisca não erra mesmo! Se errar é humano, então estou me sentindo muito humano neste momento. Mas, pelo amor de Deus, não precisamos abusar desta nossa inconfundível humanidade.
O propósito de tentar ou sutilmente ironizar certas posições é para não ferir suscetibilidades pessoais. Porém o esclarecimento se faz oportuno e necessário.
Dizia o poeta: -“tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra...”. Poesia em tom filosófico, que corresponde ao fato de o ser humano encontrar sempre certos obstáculos em todas as suas realizações na vida. Sempre temos um obstáculo a ser ultrapassado. Sempre temos uma pedra no meio do caminho, mas de modo imprevisível. E o poeta assim mostrou.
Agora, quando essa pedra é do tamanho de um Globo e os inconfundíveis não o vêem, imaginem o tamanho da confusão. Se não conseguem enxergar o Globo no caminho, imaginem como é que poderiam ver uma pedra! Nunca!
Temos tanta certeza da forma que vemos o mundo que, quando ALGUÉM nos mostra a realidade não percebemos a pedra do caminho, ou melhor, o Globo no meio do caminho. Por isso é que é imprevisível.
Antes de prosseguir nesta temática é importante fazermos uma prévia análise do caminhante. Se tem uma pedra no caminho é porque alguém está caminhando.
E quem caminha? É o ser humano! E quem é o ser humano? É um ser pensante desconhecido de si mesmo. Então, está explicado! Certamente vai encontrar muitas pedras no meio do caminho por ser pensante. O pensamento adora este tipo de vida. Surpresas e mais surpresas, senão o mundo perde a graça!
Que coisa mais imbecil, é viver desta forma! Mas, como dizem, -“para quem gosta, sofrimento é regalo da vida”!
É deste ser humano que primeiramente precisamos fazer uma melhor análise para compreendermos o por que de encontrarmos tantas pedras no caminho.
A nossa tríplice personalidade criminosa e monstruosa: uma escondida no íntimo e outra por fora, para as aparências. Um jogo bom por fora, com aparência muito boa; por dentro do íntimo, completamente ao contrário. Então, duas personalidades em uma só. Uma escondida e oculta, outra visual. E ainda tem a personalidade da imaginação que corresponde ao imaginário individual, fechando assim o tripé da imbecilidade e da ignorância humana. E tem gente que acha isso natural!
Só por aí, com esta percepção, já é de causar nojo em todos nós e ainda mais porque não podemos nos escusar de sermos isso mesmo.
E muitos ainda dizem: -“eu não queria ser assim”!
Porém toda esta confusão de personalidades e seus respectivos desvios têm suas causas e suas finalidades, que são os vínculos e as ligações, o alimento e as atuações sobre este ser humano pensante, depauperado, que por ser um centro astrológico estava sujeito a receber todo tipo de influência boa ou má, positiva ou negativa, tudo isto com a finalidade de se lapidar e ser preparado para se conhecer verdadeiramente, até encontrar sua verdadeira personalidade.
O mundo é assim, cheio desses 'desconjuráveis' que, na mente o inconsciente é pequeno em tudo, o consciente é prepotente e o subconsciente ainda mais. Portanto, todo vivente tem três pensamentos: tem o modo consciente de pensar, o modo inconsciente e o modo subconsciente.
Olha o pensamento como é!
É por isso que ninguém podia regular com o pensamento. Quando o vivente está atacado pelo pensamento no modo inconsciente é um verdadeiro desequilibrado, quando está atacado pelo pensamento no modo consciente fica mais equilibrado e quando está atacado pelo pensamento no modo subconsciente, mais firme e mais baseado.
Pode-se ainda dividir estes três pensamentos em inconsciente bom, mau e variante; consciente bom, mau e variante; e, subconsciente bom, mau e variante.
E, por a natureza de todos ser assim é que o vivente, mesmo sabendo disso, muitas vezes passa como quem não sabe, pois neste mundo não é lugar de puros, limpos e perfeitos.
É a aquela velha coisa de dizermos que errar é humano! Até podemos compreender estes nossos pontos de variação que são devidos às influências do meio em que vivemos, mas persistir neste erro não é humano é burrice!
Ficar usando as influências da natureza como pretexto para justificar seus erros é no mínimo hipocrisia. Quando se tem um esclarecimento deste nível, Racional, o mínimo que devemos fazer é procurar meios e recursos para deixar de ser assim.
Somos assim por sermos produto desta natureza que não regula, mas, todos nós temos uma origem verdadeira dentro de nós mesmos, a nossa verdadeira pessoa para nos mostrar o caminho do bem! Estou falando do nosso maior amigo, o Raciocínio – este mesmo que nos confere a personalidade Racional, a única e a verdadeira personalidade do ser humano, que anula todas as outras.
No Caminho do Bem não tem pedras, não tem pedras no Caminho do Bem, porque neste caminho não há variações, nem altos nem baixos, é um caminho reto, certo, seguro. O caminho do bem é Racional, de volta para o verdadeiro natural. No caminho do bem o progresso é Racional.
Então, voltando ao caminho dos confusos que se julgam inconfundíveis e que muitos ainda nele estão e não percebem, mas, basta ver as pedras; tinha uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma pedra. Ou era um Globo?
No meio do caminho tinha um Globo! E os confusos não viram o Globo.
Acharam que o Globo era a Terra como se a Terra fosse um globo.
Vejam este trecho que foi escrito durante a preparação do livro Universo em Desencanto.
“E assim gira o Sol ou gira a Terra? Gira o Sol fazendo o seu percurso em torno da Terra, meio de lado, e por o globo ser oval e ter partes altas e baixas, quando o sol está na parte baixa a alta fica no escuro e quando está na parte alta é a baixa que escurece. Então diz-se: noite e dia.”
Você viu o globo? Não! Então vamos à descrição inicial feita nas Obras Primas:
“Está aí o giro do Globo e que muitos pensam e têm certeza que o Sol é que faz o seu giro. Não, filhos, ele não sai do seu lugar, enquanto todos vós precisais dele e ele não precisa de vós – é o giro do Globo.
Esse giro, em comparação, tem por base o seguinte: vós botais um pouco d’água dentro de uma bola; em cima d’água vós colocais um pedaço de pão abrangendo toda a circunferência e rodai a bola devagarzinho, que o que está dentro da bola não sente o giro dela. É quase esta comparação diminuta que eu vos dou, sendo com o trio de diferença, também muito diminuta. Marca um pontinhozinho nesta bola e pendura uma cabeça de fósforo. Vê se não dá o sentido que eu estou dando”.
É fantástica, esta descrição do Mundo, onde todos estavam preocupados com a terra e com o sol – geocêntricos, ou preocupados com o sol e com a Terra – heliocêntricos; nem um nem outro. Nem geocêntrico, nem heliocêntrico. O Globo é que determina os movimentos relativos para produzir o dia e a noite.
Tinha um globo no meio do caminho! Mas nossa mente, conturbada por todas essas influências do pensamento e da imaginação, não podia entender a realidade e, por isso, vivíamos colocando pedras em nossos caminhos. Que pedras são essas? São exatamente esses modelos artificiais criados pela mente humana que servem apenas para lapidar - o que já é muito bom!
O modelo mais perverso que foi criado pela nossa mente é aquele em que colocamos um Deus Criador para justificar a existência de tudo e de todos. São os tais paradigmas.
O modelo do sistema solar já mudou várias vezes de concepção, mas ninguém consegue explicar tudo. Temos ainda o modelo atômico que também explica muitas coisas observadas na física e na química, mas nem todas, por isso já estamos falando dos modelos quânticos, e por aí vai! Para cada pedra que retiramos do nosso caminho deixamos outras pedras cada vez maiores.
E ainda tem gente querendo aprender o caminho das pedras! Quanta basófia! Quanta bobagem vai pelo mundo. O melhor é aprender o caminho verdadeiro – o Caminho do Bem.
A lapidação é muito boa, mas, jamais, em tempo algum, poderíamos descobrir nossa verdadeira personalidade nem muito menos a nossa verdadeira origem se ficássemos apenas baseados no conhecimento extraído de nossa mente.
Mente variante, pensamentos variantes; ou são os pensamentos variantes que tornam a nossa mente variante? As duas situações são verdadeiras e objetivas. Pensamos de forma variante por causa das influências e das ligações às quais estamos sujeitos e por causa destas influências só produzimos pensamentos variantes, bons ou maus.
E assim foi que o pensamento transmitiu na mente dos pensadores o conceito de “terra oca”, só para lapidar. Mas, ao mesmo tempo, vejam como se encaixa direitinho se olharmos para a “terra oca” como sendo um globo envolvendo a terra, como nos apresenta a primeira descrição do Racional feita nas Obras Primas.
Está aí! O Globo é a parte móvel onde o Sol está fixado, por isso não precisa sair do lugar; um globo oval e uma Terra plana, ou melhor, com seus altos e baixos, porém planos.
O Sol faz assim a sua trajetória sem sair do lugar. É como uma pessoa que vai de um lugar a outro dentro de um ônibus sem sair do lugar em que está sentado. Quem está no lugar do lado de fora do ônibus até diz que a pessoa lá dentro está passando, mas na verdade a pessoa não sai do lugar em que está sentada. Basta ver o ônibus - ou, basta ver o Globo. Cada coisa no seu lugar. E assim é que o Racional Superior nos mostrou como é o nosso mundo, este conjunto elétrico e magnético, onde a Lua funciona como uma bateria e nunca um satélite. Esse negócio de satélite é coisa do modelo artificial.
Ha! As palavras! Sempre as palavras! Quanta confusão ainda temos a desfazer por não estarmos atentos às palavras e como elas são pronunciadas e seus múltiplos significados de acordo com as circunstâncias e de acordo com a entonação. Toda a lapidação ainda é pouco para alcançarmos o verdadeiro caminho, mas todos têm o direito e a liberdade de opinar e opinar forte. O importante é não faltar com o respeito, porque a falta de respeito é a pior pedra que colocamos em nosso caminho. Fica tudo fechado e ninguém chega a lugar algum sem o devido respeito.
Estude mais, leia mais; conheça o livro Universo em Desencanto como se deve fazer, como o próprio livro recomenda, para não ficar emitindo opiniões às avessas, opiniões paralelas baseadas no que conheciam e que nunca resolveu nada de positivo na vida de ninguém, serviu apenas para lapidar os rudes e os atrasados.
Cultura Racional é a revelação que toda a Humanidade estava esperando; já chegou! Por isso afirmamos, acabou a esperança! Esperar mais o quê?
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