domingo, 13 de abril de 2014

DEUS EXISTE?

(Mestre Pop – Mestre em Capoeira, http://culturaracionalfloripa.blogspot.com.br/)
Diante dos muitos mistérios acerca da existência, de algum modo e em algum momento de nossas vidas nos perguntamos: de onde eu vim, porque estou aqui e para onde eu vou? Qual a razão da vida e da morte? Realmente existe um deus? E se existe, de onde ele veio e como ele surgiu, se nada existia antes dele? Tanto a ciência como as religiões tentam nos responder, apesar de ninguém poder concretamente provar a existência de um Deus a não ser pela fé e pela crença passiva. Todos os povos, em todas as civilizações, em todos os tempos, criaram suas seitas, doutrinas e religiões, criaram seus mitos e deuses. Por isso, cada nação do mundo tem sua história para a criação do mundo e a existência e de uma força suprema. Não por acaso existem hoje no mundo mais de 10 mil religiões diferentes, com práticas, dogmas e doutrinas distintas. E porque a existência de tantas seitas, doutrinas e religiões? A Cultura Racional nos esclarece que causa das crenças é o sofrimento e o vazio existencial.
Importante dizer que não existe consenso entre essas instituições! O único consenso é a crença na existência de uma ou mais divindades e estão divididas em politeístas (que acreditam em vários deuses, como o Hinduísmo, por exemplo, e as monoteístas que acreditam na existência de um só Deus o Judaísmo, por exemplo). Estas divergências promovem entres os fiéis embates, perseguições, discriminações, as guerras religiosas, por acreditarem que seus deuses ou seu Deus é verdadeiro e os outros não.
A crença de um Deus bondoso e misericordioso é compartilhada também com a crença na existência de um ser demoníaco, que lutam entre si há séculos para arrebanhar toda humanidade, que é a luta do bem contra o mal! O mito na crença da existência de uma força suprema ou ser superior é a mais antiga de todas as hipóteses sobre a origem da vida, sendo até hoje aceita por fiéis de várias religiões.
Entre esses se encontram os criacionistas, que acreditam que tudo está em Deus e que é na bíblia que se encontra a explicação da origem, e defendem de que Deus criou o mundo e os seres vivos de uma forma perfeita e imutável. A crença de um mundo estático e imutável hoje é contestada pela ciência nas mais diferentes áreas.
Assim como também há os existencialistas que não aceitam a ideia de uma essência divina criadora do homem, mas sim uma essência que se constitui a partir da própria existência. Os seres humanos nascem desprovidos de qualquer sentido concreto: não nascem crentes ou ateus, mas se tornam a partir das relações que estabelecem com a família, com o mundo e consigo próprio. As necessidades existenciais são o que levará este ou aquele indivíduo a buscar este ou aquele caminho para dar significado à sua existência. O que significa então a afirmação de que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. Não por acaso, a existência dos ateus. Para os ateus e materialistas a única coisa que podemos afirmar sobre a vida, é a matéria, da qual se constitui a realidade histórica. O homem constrói a sua própria história, e formula os seus conceitos sobre a verdade. Ou seja, não existe um projeto divino concreto para a definição da vida humana e foi com base nesta realidade que surgiram as reflexões existencialistas, assim como os ateus, céticos e materialistas.
Para os criacionistas Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26). Formando o homem do pó e deu a ele a essência da vida, compartilhando de seu próprio fôlego (Gênesis 2:7). Desta forma, o homem é único dentre toda a criação de Deus, tendo tanto uma parte material (corpo) como uma imaterial.
A percepção de um Deus com características humanas que expressa angústia, ira ou tristeza reflete a ausência de questionamentos e análises da realidade por parte dos criacionistas bíblicos. A crença de um Deus com formas humanas com um corpo, com linhas e proporções, etc., para os ateus é um absurdo, isso são qualidades da matéria. Na opinião deles os criacionistas emprestam uma ideia de corpo, braço, cérebro, mãos, etc. a Deus. Essa ideia, para eles é ridiculamente absurda. Se realmente existisse um deus, absoluto, não teria criado o relativo. Se este deus fosse um espírito, não pode ter feito a matéria, pela incompatibilidade de uma coisa e de outra, logo também não poderia ter semelhança alguma com os animais (Homem). Sendo este deus absolutamente onipotente, podendo ter feito o homem somente espírito, no entanto, o fez de matéria exatamente igual a qualquer outro mamífero, inclusive tendo alguns com muitas semelhanças aos humanos como os chimpanzés orangotangos e os gorilas.
A realidade nos mostra que estamos sós em um universo repleto de fenômenos inexplicáveis e imprevisibilidades, pois para compreendê-los temos que estudar, e debruçarmo-nos em pesquisas para ter um mínimo de conhecimento para poder sobreviver às intempéries da natureza e ainda assim somos surpreendidos com furações, terremotos, enchentes, secas, frio de matar. Estamos relegados à nossa própria sorte, livres para seguir nossa caminhada existencial, sujeitos a tudo. Acreditar que fomos regidos, observados por uma força divina é negar a realidade perversa e cruel em que a humanidade vive onde todos sofrem indistintamente, uns mais outros menos. Por isso a fé e a crença são cegas! Os homens nascem livres, desprovidos de sabedoria, conceitos ou crenças. Somos induzidos pelas circunstancias de nossas vidas a busca do conhecimento ou de algo que possa nos dar um significado à nossas vidas e explicar a razão do sofrimento, da dor e da morte. Se tivéssemos uma vida imortal certamente seriamos deuses e por consequência não haveria razão de termos um deus para nos proteger.
Seria fantástico se a humanidade realmente pudesse contar com a presença de um ser misericordioso. Certamente os seres humanos não estariam mais sujeitos à própria sorte, teriam proteção e segurança, e não seriam surpreendidos com doenças, não morreriam de fome, de frio, de desastres, traições e assassinatos. Não estariam fadados a mortes trágicas, pois, sendo esse deus possuidor de uma glória indescritível, e por amar a todos incondicionalmente, certamente a humanidade estaria vivendo num paraíso. Se houvesse verdadeiramente misericórdia divina certamente não haveria religião no mundo e também não haveria sofrimento. A fé e a crença são auto-sugestão! Os homens precisam de uma razão para viver em segurança, por isso, no mundo há tantas crenças.
Ao contrário dos materialistas e céticos, que se baseiam no “ver para crer”, os criacionistas bíblicos aceitam pacificamente tudo que está posto biblicamente como uma verdade inquestionável. O temor é a mola mestra dos crentes em geral. Questionar a bíblia seria uma heresia, uma ofensa a deus.
Por que esta visão ainda é concebida? Primeiramente pela crença de que a palavra sagrada não pode ser sucumbida ou passada, ela é eterna, conservando assim a ignorância. Os homens têm sido ao longo da história o centro das atenções deste deus-homem, a prioridade de suas ações, desejos e vontades. Tudo gera em torno dos homens, numa enigmática contenda entre o bem e o mau, a salvação e a perdição.
A Cultura Racional nos revela que o universo é todo habitado por diversas formas de vidas com seres visíveis e invisíveis e que estes seres por serem de uma categoria superior aos humanos, que são seres visíveis e materializados, frágeis e mortais, eles se posicionaram como deuses ou como um Deus. E são estes seres que operam no mundo invisível, manipulando os seres humanos de todas as formas, jeitos e maneiras, utilizando seus poderes de manipulação através de pantomima. Estes seres segundo a Cultura Racional são de corpos de energia elétrica e magnética, com alto poder de magnetização e eles estão presentes em todos os lugares se passando por santos, anjos e demônios, fazendo coisas boas e más. E muitos deles exigindo sacrifícios dos humanos, seja através de penitências de orações, de promessas que precisam ser pagas, e muitos usando de represália, e muitas vezes castigando seus fiéis. São estes seres do mundo invisível que induzem os seres humanos às guerras religiosas, por serem eles os donos das seitas, doutrinas e religiões. E é por isso que existem tantas confusões no mundo visível. A causa e o efeito!
O que diz a Cultura Racional sobre Deus?
Acreditamos sim na existência de uma força, de uma forma de vida inteligente que para muitos é Deus! Para a Cultura Racional o verdadeiro deus é uma energia pura, limpa e perfeita não é matéria e nem obedece às leis existentes no universo como tempo e espaço. Para a Cultura Racional deus não julga e nem condena quem já está condenado pela própria existência. Que o mundo nunca esteve por conta de deus, mas sim por conta dos próprios homens, por isso, eles quem os governa aos trancos e barrancos, criando suas leis, normas e formas de governabilidade, cada nação com sua cultura e língua própria inclusive suas religiões ou a religião dominante. São os homens quem julgam e condenam seus réus.
Portanto, para a Cultura Racional o verdadeiro deus não é um deus de juízo que escolhe quem é justo ou injusto quem se salva ou quem se perde. Deus é pureza, uma energia que não tem dimensão física por isso só podemos imaginá-lo. Segundo a Cultura Racional nós somos a razão de nossa própria existência material. Deus é um ser desprovido de materialidade, portanto, não tem semelhança alguma com os seres humanos.
Para nós estudantes de Cultura Racional tudo isso foi preciso e necessário existir, todas as formas de pensar, seja materialista ou espiritualista, todas as formas de crenças e maneiras de professar esta ou aquela religião ou a ciência, tudo isso faz parte de um processo para a evolução humana. Para nós estudantes de Cultura Racional, para se estabelecer uma relação com deus não é através da crença ou da fé, ou pelo temor, ou por adorarmos. Estabelecemos uma relação com deus pela consciência e pelo conhecimento de que deus se revela em cada um de nós, não precisa de um intermediário e muito menos de nossas súplicas e lamentos. A única diferença que existe entre deus e os homens é a dimensão: a nossa é uma dimensão física e terrena, e a dele não, porém, ele é parte da mesma natureza, só não é terreno. Por isso a Cultura Racional não se enquadra no campo da Religião ou de uma doutrina. Não temos templos, sinagogas ou casas de pregação. Pois somos atendidos dentro de nossa própria casa ou aonde estivermos.
Tudo está em seu tempo, tudo faz parte de um processo para a evolução humana. Portanto, nada é errado, apenas as coisas ainda não estão realmente em seu devido e verdadeiro lugar.
Saiba mais sobre o que é a Cultura Racional, lendo os Livros Universo em Desencanto.
(Pedidos pelo site www.culturaracional.com.br ou www.universoem desencanto.com.br)

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