sábado, 9 de janeiro de 2016

A FASE RACIONAL (2)


(João de Castro, estudante de Cultura Racional, São Paulo – SP)

Evolução, palavra para sofisticar o engano.
Culto para manter ritos.
Jamais saímos do mesmo lugar,  e sempre no ar ficávamos.
Navegávamos pelos atalhos da existência,
disfarçando a consciência,
que além das aparências, ver não conseguia.
Havia a distância a ser coberta,
mas a nado pelo  oceano da decepção,
impossível era.
O tempo avançava
e o homem com uma falsa inteligência desfilava.
A criança em seu berço crescia,
e a sonhar com o mundo aprendia.
Veio, então, o tempo da maturidade, que como uma fruta em sua época caía.
Valia tudo até uma data,  para depois sem qualquer valia passasse,
e ao esquecimento se deixasse,
assim eram as fases.
Mas, foi em 1935, quando tudo para melhor mudou.
Acabaram-se as aparências,
E só pelo certo o mundo começou a caminhar.
Com a bússola nas mãos, sua evolução alcançou.
Não mais a perambular no mesmo lugar,
mas para fora desse mundo de fogo se lançou.
Seu meio de sair,
por uma porta que se abriu,
ao virar as páginas de um livro que pelo Pai foi escrito,
palavras sábias, que tudo sobre nossa origem descrevia e o fim do mundo antevia,
pois, tudo que teve começo, também seu fim teria
e a vida Racional reaveria.

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