(João de Castro, estudante de Cultura Racional, São Paulo – SP
Na planície, a primeira vida se extinguiu, exterminando em si aquele corpo de energia.
Era o fim? Não, pois um novo começo se compunha.
O começo de uma vida provisória, história sem sentido que sobrevinha.
Contada por aquelas vozes, que descreviam nossas ações algozes contra nós mesmos.
E a esmo até hoje vivíamos.
Que passeio sem fim parecia.
A cada partida uma vontade de continuar persistia.
Pois, a esse mundo, nenhuma vida pertencia.
Em tantas idas e vindas, o corpo de energia se degenerava.
E a vida humana com menos dias surgia.
Ciência, filosofia, arte e religião jamais estiveram em comunhão,
pois cada uma com sua verdade insistia.
Tudo que tínhamos era o pensamento – infante que de sua origem nada conhecia.
E assim jazia no infinito a verdade sobre nosso mundo.
Pois, uma única sempre foi, e não muitas como se supôs.
Esse era o torpor que no coração residia.
Pois, era no dia a dia que a prostração da verdade presente se fazia.
Hoje, sabemos que tudo da planície surgiu, quando o Raciocínio sobre sua face se extinguiu.
Extinguiu? Sumiu? Nenhum, nem outro, ele apenas em mente se tornou,
envolvido pela mentira, enquanto seu momento aguardava.
Dádiva do renascimento que uma nova existência prometia.
A espera compensou, pois quando os sinos da fase soaram, Racional se tornou.
O Desencanto prosperou.
Que por ser fruto da mais pura verdade em todo o Universo ecoou – por isso, seu nome UNIVERSO EM DESENCANTO se chamou.
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