sábado, 26 de janeiro de 2013

POR SEREM INCONSCIENTES, VIVIAM VARIANDO. QUEM VARIA É UM DOENTE COM APARÊNCIA DE BOM. 1ª Parte

(Mensagem do RACIONAL SUPERIOR do 16º volume da Obra dos Livros Universo em Desencanto)
Todos os seres são inconscientes por não pertencerem a esse mundo.
Se fossem pertences daí, não sofriam, não penavam; por não serem naturais desse mundo é que o sofrimento é atordoante, de todos os jeitos, de todas as formas.
Tudo é aparência só. Agoniados por dentro e aparentando felizes e contentes por fora; mal satisfeitos por dentro e aparentando felizes por fora.
Verdadeiros artistas. O animal Racional sempre foi artista; cada qual representando o seu papel, representando o seu ato de boa ou de ruim aparência.
Vejam que vida de verdadeiros perdulários, porque viviam cegamente, sem saber porque viviam. Quem não sabe porque vive, nada sabe e nada enxerga, para descrever o certo do seu verdadeiro ser.
E, assim, tinha que se multiplicar o desespero, o descontrole, as agonias e as ruínas. Uma luta sem quartel, sendo o quartel, o Universo, por todos lutarem até não poderem mais lutar, até se acabarem como guerreiros vencidos.
Tudo por estarem na categoria de animal Racional, por estarem nessa fase sendo todos lapidados e, para lapidar, tinham que sofrer até que chegasse a mudança da fase, como chegou, a mudança da fase de animal Racional para Aparelho Racional.
Como animais Racionais viviam de sonhos, viviam sonhando, viviam de planos, viviam de experiências, com uma infinidade de pesadelos, com uma infinidade de esperanças.
E, assim, com a pança cheia de sofrimentos, com a pança cheia de aborrecimentos, com a pança cheia de tormentos, com a pança cheia de preocupações: todos em completa ruína, por serem seres de matéria e, por serem seres de matéria, o mal por si mesmo se destrói.
Então, seres em ruínas, seres em decomposição, seres em multiplicação de poluição.
Vejam o fator angustiante do ser animal Racional, que é inconsciente, variante e desequilibrado; por isso, à procura do bem sempre e o mal se multiplicando. O bem aparente não é o verdadeiro bem. O bem aparente é um bem traiçoeiro, um bem ilusório, um bem de quem está iludido, um bem que parece ser aquilo que não é; por isso, tudo se acaba. Se tudo se acaba é porque o bem não existe, o bem verdadeiro. Se estivesse aí o bem verdadeiro, seria o bem eterno, não seriam seres em decomposição.
Vejam quanto tempo de lutas perdidas; lutas sem recompensa, as lutas dos inconscientes, que são os animais Racionais, ou o animal Racional. Lutando inconscientemente, sem base e sem lógica, lutando sem saber por que, vivendo sem saber por que, olhando para o mundo sem saber o porquê desse mundo, sem saber o porquê da existência desse mundo, que era para o animal um enigma, que era para o animal um grande mistério. O animal Racional, sempre aprendendo, sempre por saber e nunca concluindo o verdadeiro saber.
Por a vida ser um encanto, é que o sofrimento sempre foi o maior brilhante. A vida das correrias, todos correndo, todos cansados, todos exaustos, com uma infinidade de desgostos e muitos dizendo: “Eu não agüento viver assim, não suporto mais esta vida. Só sofrer, só sofrer sem recompensa; a recompensa é a morte e, depois de penar tanto, sofrer tanto, o prêmio é este: a morte.”
Vem outro e diz: “Esta vida é ingrata. Esta vida ninguém compreende. Ninguém entende esta vida. Isto é uma vida de desentendidos, é uma vida de quem não sabe o porquê vive assim. Até hoje ninguém nunca deu provas da nossa verdadeira origem, do porquê de nossa existência.”
Assim sempre foi a luta dos inconscientes. Não podiam mais viver como estavam vivendo porque o sofrimento cada vez se multiplicava mais, em grande escala; o sofrimento já estava fazendo todos chegarem ao auge do desespero e do desentendimento geral. Então, muitos, desesperados, exclamavam:
“Este mundo, não há mais quem endireite. Nós estamos aqui neste mundo perdidos, sem saber por que. Ninguém sabe porque nós somos assim, ninguém sabe o porquê deste mundo e, por isso, não sabemos porque sofremos tanto assim.”
Outros, com mais calma, diziam: Há de chegar o dia de nós termos certeza do porquê assim somos, certeza que ninguém nunca soube.”
Agora, dizia outro: “Cada qual diz uma coisa e ninguém sabe o que diz. O certo é que ninguém nunca acertou o certo, nunca provou o certo. Vivemos aqui como verdadeiros joguetes desta natureza, sem saber o porquê dela. Natureza que judia conosco de todas as maneiras. Vivemos nesta penitência sem sabermos por que somos penitentes. A nossa vida formou-se de uma maneira tal, que não há quem entenda e compreenda. Na mesma hora que estamos entendidos, daqui a um pouco, desentendidos. Não há quem compreenda.”
Então, a vida se tornando tão confusa, que acabavam todos ficando na mesma.
Então, dizia outro: “Esta vida surgiu de divindades.” Diz o outro:
“Que divindades são estas que nunca nos revelaram o porquê desta vida de sofredores? Nunca nos provaram, com base e com lógica, o porquê desta situação?”
E, assim, viviam como verdadeiros papagaios dentro deste presépio que é o mundo. Cada qual com suas sábias burrices do nada, por tudo surgir do nada e ninguém saber o porquê deste nada, a causa deste nada. Então, sábias burrices do nada. Vivendo todos como verdadeiros parasitas da natureza e sem saberem o porquê de serem parasitas.
As divindades aí do elétrico e magnético sempre conservaram os mistérios. As divindades nunca deram solução dos mistérios, porque são divindades criadas e inventadas pelo animal inconsciente. Então, divindades que, na realidade, nunca existiram, existindo apenas na imaginação dos incautos, dos ingênuos, dos subdesenvolvidos e dos mais atrasados ainda. Então, aí no elétrico e magnético, criaram, inventaram, idealizaram e forjaram uma infinidade de divindades que nunca desvendaram os mistérios que aí estavam insolúveis.
(Continua na próxima postagem)

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