quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O FIEL DA BALANÇA DA VIDA



(João de Castro)


A Natureza fez tudo com dois lados; para o claro fez o escuro; para o certo fez o errado; para cada virtude ou qualidade fez o seu oposto. Todos chegam aqui com uma balança: num prato seus instintos e vontades ilimitadas. E no outro sua consciência e inteligência.
A natureza representa o fluxo natural da energia, pois tudo passa, tudo é levado ao seu lugar; nela opera o próprio princípio organizador das coisas, da vida e dos seres. No artifício esse princípio é estancado, limitado e sufocado em função de uma harmonia plástica e sem sentido. No artifício nada cresce, nada muda, só a roupagem e os adornos; a vida se torna encapsulada e inerte. O artifício é o deserto da própria existência!

Portanto, na natureza tudo que existe é porque é preciso e necessário, para lapidação dos seres. E na lapidação, que é o sofrimento, está a apuração dos seres, a natureza levando tudo e todos aos seus lugares certos, até que alcancem sua maturidade para ter acesso ao plano superior: a origem.
Por conseguinte, a harmonia dos seres humanos está na organização da vida dentro dos limites prescritos pela Natureza, pois, ela é quem tem o itinerário de tudo para organização da vida. Por isso tudo tem sua forma e limites, pois, tudo que existe tem seu propósito. Ao respeitarmos os limites do outro e os da vida natural, estamos contribuindo para o verdadeiro Bem, ficamos em harmonia com a natureza.
Portanto, fora dos limites rege somente o vazio, que lá está para esgotar tudo que é negativo. O positivo reconhece os limites; o negativo não reconhece os limites e age dentro de uma perspectiva arbitrária e altamente abusiva, por se utilizar do prato onde habitam seus instintos e vontades ilimitadas, que é o mesmo prato onde se servem os irracionais.
E assim agindo, cai nas garras do grande dragão, que é o pensamento magnético, o pensamento mau.
A natureza nos orientava, desde os primórdios, através da mitologia, de que éramos comandados por deuses, tendo os do bem e os do mal, onde os dragões eram os mais terríveis, que sempre assombraram o inconsciente coletivo.
Onde está a inconsciência, que é o desrespeito às leis naturais, lá estão os dragões para cobrar.
Eles vivem em nossa memória antediluviana permeada de contos e romancismo, onde o atraso carecia da ação deles, que ainda sobrevive onde reina o atraso.
Em lugares afastados da civilização, como as floresta da Malásia e Galápagos, ainda podem ser encontradas versões desse réptil, que assusta por seu tamanho e agilidade.

Nas culturas milenares, há símbolos com dragões e países que atingiram altos avanços tecnológicos e poderio militar realizam tributos a esses seres, colocando-os em suas insígnias e bandeiras.
Isso bem mostra que o aparente desenvolvimento do povo da Terra tem sido guiado pela parte do mundo invisível onde reinam essas forças reptilianas.
Essas forças, para fazer com que os seres humanos fossem utilizados como ferramentas para construir tudo quanto é de artificial e prejudicial à natureza, utilizaram-se da parte mais antiga do cérebro humano chamado de Complexo R.
Foi através dessa parte do cérebro que essas forças reptilianas se serviram para erigir as colunas de um progresso marcado pela ambição, hierarquias, comportamentos ritualísticos, controle e domínio pela força física.
Os marqueteiros sabem muito bem disso e até cunharam a frase “O cérebro reptiliano sempre vence”.
Esta parte do nosso cérebro é uma parte que é explorada no marketing para despertar o desejo e apetite voraz de consumo. Somos altamente instintivos, gulosos, violentos, calculistas, sanguinários e ariscos, por esse aspecto mental em nossas vidas. Basta emitir um sinal específico para que se liberte esse dragão de dentro de nós, que é o pensamento magnético.

Os avanços tecnológicos e militares também foram fomentados pelo Complexo R do nosso cérebro. O dragão na mitologia domina 4 elementos essenciais: a Terra (ele caminha), a Água (ele nada), o Ar (ele voa) e o Fogo (ele aniquila e queima). Bem, aqui está apenas um espectro desse conhecimento que vai ainda muito mais longe, mas, por causa de nossos limites humanos, temos que respeitar e ir até aonde nos é permitido.

Pense nisso antes de tornar a sua vida e a vida dos outros um inferno. Imponha limites ao seu dragão, que é o pensamento e saiba reconhecer as forças que buscam o tempo todo despertar esse dragão em você. Elas vÊm principalmente da televisão e da Mídia.
Essas forças procuram manter a humanidade no lado sinistro da balança, através da obediência sem limites aos instintos e vontades, até a escravização de todos ao artifício e o desligamento contumaz da natureza.
E, assim desligados da natureza, o sentimento natural foi se acanhando de tal forma, que chegamos à fase atual onde ele deixou de existir numa grande massa: secou!
Para que chegássemos a esse lamentável e vergonhoso ponto, o pensamento utilizou como emblema o amor condicional, que foi se impondo até se transformar em valor aceito pela maioria, como integrante “lógico” cultural. Vejam que contradição.
E, assim, a fase da civilização, do 2º milênio, deixou-nos limitados emocionalmente, por nos fazer ter como bases e perspectivas de vida, os julgamentos aparentes sobre lucros e vantagens.E essa base primária condicionou e limitou o potencial humano, tornando- nos criaturas mecânicas, verdadeiros rôbos.
Mas, nem tudo está perdido. Já entrou em vigor a Fase Racional, a fase onde o natural da natureza é quem governa (e, não, o seu lado sombrio) para recuperação da humanidade, pelo desenvolvimento do raciocínio.
Nesta nova fase, que é a fase do Terceiro Milênio, a Natureza nos impulsiona a buscar o nosso coração, que estava agonizante sob o véu das aparências.
Por que?
Porque o coração não mente, ele rege com a Natureza.
Por isso, o Racional Superior, autor dos Livros Universo em Desencanto nos diz:
“ Sintam o Conhecimento que vos dou... “
E, assim, chegaremos à Natureza pelo coração!
É pelo coração que iremos equilibrar a balança, onde o prato dos instintos e das vontades sem limites transborda de tão cheio. Agora é cada qual procurar encher o outro prato, o da consciência e inteligência, sabendo, com o coração, ouvir os apelos da nossa Mãe Natureza, que nos tem dado a entender, pelo desequilíbrio moral, físico e financeiro generalizado mundialmente, que com o pensamento ninguém resolve mais nada, porque a fase dele já passou e está em liquidação.
Agora, somente as ações pautadas no contencioso natural da Natureza, Universo em Desencanto, têm a CHAVE para nos libertar do grande dragão, que é o pensamento.
Quem atender à voz do coração, atenderá ao apelo de nossa Mãe Natureza e conseguirá equilibrar essa balança das nossas vidas e alcançar o fiel dela, que é o RACIOCÍNIO.
RACIOCÍNIO É DEUS! DEUS É RACIOCÍNIO! DEUS É O FIEL DA BALANÇA!

http://jocastfi.blogspot.com/

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